Bolinhos são uma ótima alternativa para aproveitar as sobras. Veja receitas de bares do Rio e São Paulo

Larissa Januário

Do UOL, em São Paulo

Bolinho, croquetes, salgadinhos. Geralmente fritos, esses petiscos fazem parte do dia-a-dia do brasileiro, seja em casa ou na mesa do bar entre um chope e outro. Além de saborosos, são uma ótima alternativa para aproveitar as sobras que estão ocupando lugar na geladeira.

A exemplo do popular bolinho de arroz, é possível enrolar e fritar quase tudo -carnes, aves, queijo, polenta e até feijoada. Esse último foi criado por Kátia Barbosa, chef do Aconchego Carioca, para uma das edições do concurso Comida di Buteco.

"Inventei essa receita na mesa de um bar com os amigos. Lembrei que minha avó fazia para os netos o capitão, um bolinho de arroz, feijão, farinha e carne moída, enrolado ali na mesa, na hora da refeição, para enganar a criança que não queria comer", conta.

Da memória afetiva, Kátia buscou a inspiração para misturar os ingredientes da feijoada num bolinho. "A ideia é que a pessoa sinta todo o sabor da feijoada numa só bocada enquanto toma cerveja", brinca.   

O UOL Receitas e Restaurantes fez uma seleção de bolinhos que podem servir de inspiração para reciclar com estilo e sabor aquela comidinha de ontem.

O antigo hábito de enrolar
Mas como surgiu o hábito de enrolar e fritar pequenas porções de comida? Não há uma data certa para o surgimento dos croquetes e suas variações.

Segundo o Oxford Companion to Food, de Alan Davidson (Editora Oxford), os croquetes descendem dos rissoles feitos na Roma Antiga. Suas primeiras receitas foram registradas em documentos impressos no início do século XVII. Mas na cultura oriental, há mais de 2 mil anos os chineses já consomem bolinhos de arroz recheados.

Fato é que quase todas as culturas têm no cardápio variações de massas enroladas, recheadas e fritas. Como o quibe, para os árabes, o bitterbal (bolinho de carne) para os holandeses, e até mesmo o bolinho de arroz recheado com frutos do mar para o chineses, que já consomem o petisco há mais de 2 mil anos.  

No Brasil, apesar da história gastronômica recente se comparada a países da Europa, há uma tradição nesses petiscos. O bolinho caipira feito de angu e carne, o acarajé e o capitão -feito da combinação de arroz, feijão, farinha e carne moída– são bons exemplos.

Sem contar a coxinha de frango e outras receitas herdadas dos colonizadores como o risole e o clássico bolinho de bacalhau.

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