Especialistas ensinam como escolher o espumante certo para a ceia de final de ano

LIS COSTA

Colaboração para o UOL

É hora de comemorar a chegada de 2012 e as borbulhas dos espumantes não ficam de fora da festa. Este vinho refrescante, perfeito para o verão está presente tanto na hora do brinde quanto acompanhando os pratos da ceia.

Mas, diante de tantas opções no mercado, qual bebida escolher na hora da ceia e na hora do brinde da virada?

A resposta vem de três experientes sommeliers, de três regiões diferentes do país: Dionísio Chaves, dos restaurantes Duo e Bottega del Vino, no Rio de Janeiro, Luciene Odilia Carneiro, da Adega Tio Sam, em Salvador, e Clara Mei, do restaurante Santovino, em São Paulo.

Os especialistas recomendam rótulos de até R$ 100, para não doer no bolso no final da festa. Mas antes de sair para as compras é preciso diferenciar saber champanhe de espumantes e proseccos.

O mais conhecido e grande referência para os produtores mundiais é o champanhe. Mas recebe este nome apenas a bebida feita na região de Champagne, na França. Em sua composição só é permitido o uso das uvas pinot noir, pinot meunier e chardonnay, e a segunda fermentação da bebida, que proporciona as borbulhas, acontece na própria garrafa.

Espumante é o vinho submetido duas vezes à fermentação, ensina a especialista Lis Cereja, em seu livro "Superdicas para Entender de Vinho". A primeira fermentação transforma o suco da uva em vinho. A segunda pode ser feita em garrafa (método conhecido como Champenoise) ou em tanques (método Charmat).

O Prosecco, bem conhecido dos brasileiros, é o espumante feito exclusivamente com a uva prosecco (atualmente denominada glera), original da região do Vêneto, na Itália.

"O espumante é uma bebida versátil, que pode harmonizar uma refeição completa", diz Luciene Carneiro. Isso se deve aos seus variados estilos, que vão de acordo com as uvas que são utilizadas, a região onde é produzido, o método de elaboração e até a quantidade de açúcar presente no espumante.

O Brasil também é referência na produção de espumantes, de uvas e estilos variados. Só no Rio Grande do Sul, na Serra Gaúcha, foram comercializados 12,5 milhões de litros em 2010. E este ano os produtores do Estado esperam vender mais de 14 milhões de litros, segundo o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho).

Diante de tantas variedades, sugerimos que os sommeliers recomendassem os espumantes para harmonizar com pratos de Ano-Novo segundo a quantidade de açúcar final da bebida, que é determinada pelo enólogo quando se adiciona o licor de expedição, uma mistura de vinho ou aguardente vínica e açúcar, depois da segunda fermentação.

Entre as categorias mais comuns no Brasil estão:

- Brut Nature (sem adição de licor de expedição, tem baixo teor de açúcar, é bem seco e de acidez elevada)
- Brut (com até 15 gramas de teor de açúcar por litro)
- Demi-Sec (de 33 a 50 gramas de teor de açúcar por litro)
- Doce (acima de 50 gramas de teor de açúcar por litro)

Os pratos indicados foram cordeiro, leitão e porco (pernil ou lombo), bacalhau, lentilhas, arroz com amêndoas, salada verde e sobremesas com uva e romã, pratos que geralmente estão presentes nas ceias da virada.

Para variar um pouco o sabor da bebida, pedimos também para combinar com espumante rosé brut, que tem maior contato com as cascas das uvas tintas. E para fechar o ano com estilo, um rótulo para brindar na hora da virada e começar 2012 com o pé direito.

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